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Horta inclusiva inaugura nova unidade com foco em pessoas cegas

Parceria entre Porto Sudeste e o município de Itaguaí busca promover aprendizado por meio do cultivo, da colaboração e do contato com a natureza

O projeto Horta Inclusiva acaba de ganhar uma unidade no Centro Municipal de Atendimento Educacional Especializado (CMAEE), dedicado ao atendimento de pessoas com deficiência (PcD) no município de Itaguaí. O projeto, realizado em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, visa o aprimoramento educacional dos alunos a partir do manejo da agricultura.

A iniciativa conta com 15 alunos inscritos e tem como foco o desenvolvimento sensorial e pedagógico de crianças cegas ou com baixa visão, de modo a promover a inclusão por meio da vivência na natureza, do cultivo coletivo e do acesso ampliado à educação ambiental.

Para Ivan Charles Fonseca, diretor do CMAEE, a instituição só tem motivos para comemorar. “No ano em que completamos 15 anos de atuação, estamos reativando um projeto que já existiu. Após 10 anos, voltamos a ter as atividades de extensão para enriquecer mais ainda o nosso trabalho”, comentou.

O projeto Horta Inclusiva nasceu com um propósito: tornar os espaços de cultivo – com seu ritmo natural, diversidade sensorial e práticas colaborativas – um ambiente terapêutico e pedagógico potente para a comunidade. As atividades promovem a inclusão por meio do cuidado com a terra, do contato com a natureza e da participação ativa na construção de um espaço comum.

“Eu lembro de quando plantamos as primeiras mudas, e como a Horta Inclusiva funcionou como um laboratório vivo para inúmeras pessoas. Ajudou a reduzir a seletividade alimentar dos alunos, bem como no desenvolvimento das habilidades comunicacionais de cada um. O apoio da comunidade foi fundamental para a realização dessa atividade e veremos com o tempo a potencialidade que esse projeto tem no desenvolvimento das nossas crianças”, afirmou a educadora ambiental Paula Lima, que atua como analista de responsabilidade social do Porto Sudeste.

A Horta Inclusiva já havia sido implementada em duas unidades: a Escola Municipal Elmira Figueira, com foco em estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA), e a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), com adultos com deficiência intelectual, auditiva e síndrome de Down. A iniciativa foi reconhecida por sua relevância ao ser celebrada no mês de junho com o prêmio Portos e Navios de Responsabilidade Socioambiental.

Atual assessora de educação especial inclusiva de Itaguaí, Marcela Carvalho trabalhou por muitos anos como professora da sala de recursos da escola municipal Elmira Figueira, onde fica uma das hortas. “Conheço bem o projeto e sei o quanto ele é frutífero e potente. Eu vivi essa experiência e sei o quanto ela é transformadora. E tenho certeza de que todos aqui do CMAEE vão sentir o mesmo efeito. A horta tem um poder macro de envolver, de emocionar. Seja você típico ou atípico, a gente entra naquele universo saudável, feliz”, explica.

 

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