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Nossa jornada de descarbonização

10 anos de compromisso com o futuro

 

Falar em descarbonização está em alta. E com razão. Nunca se discutiu tanto o impacto das emissões na sobrevivência da humanidade. Importante deixar claro que quem está em risco somos nós, seres humanos. O planeta, com ou sem nossa presença, encontrará formas de se regenerar.

Mas vamos ao princípio. O termo descarbonização surgiu no meio científico no século XIX. Ganhou força nos anos 90 e se tornou pauta global a partir de 2010, principalmente após o Acordo de Paris, em 2015.

Descarbonizar significa reduzir ou eliminar as emissões de dióxido de carbono (CO₂) e outros gases de efeito estufa (GEE) associados a atividades como indústria, transporte, energia. O caminho para isso envolve uma série de medidas que já estamos cansados de ouvir por aí, como:

  • Transição energética: substituição de combustíveis fósseis por fontes renováveis
  • Eficiência energética: uso mais inteligente e otimizado de energia
  • Eletrificação: adoção de eletricidade limpa em lugar de combustíveis fósseis
  • Captura e armazenamento de carbono (CCS): tecnologias que evitam ou removem emissões
  • Uso do solo: reflorestamento e conservação ambiental

 

Mas onde o Porto Sudeste se encaixa nisso?

O setor logístico e portuário vem desempenhando um papel decisivo no enfretamento às mudanças climáticas. Com atuação pautada pela responsabilidade socioambiental, o Porto Sudeste tem um compromisso com a economia de baixo carbono.

A jornada de descarbonização do terminal começou há 10 anos atrás, no início das operações. Curiosamente, no mesmo ano em que foi firmado o Acordo de Paris. “Começamos pelo básico, que era entender onde estávamos. Elaboramos nosso primeiro inventário para mapear todas as fontes emissoras e, a partir daí, planejar nossas ações futuras”, relembra Ulisses Oliveira, diretor de Assuntos Corporativos e Sustentabilidade.

A partir dos primeiros relatos e ganho de experiência com o tema, em 2022, foi elaborada a Estratégia Climática, e a partir disso, mudanças foram feitas. Criação da Política de Mudanças Climáticas, ajustes operacionais, treinamentos, campanhas internas e melhorias de equipamentos. Pequenas decisões diárias que, somadas, geram impacto real.

Com o passar dos anos, as ações evoluíram e se intensificaram. Com os principais equipamentos de movimentação de minério de ferro eletrificados, tornou-se essencial garantir que a energia utilizada tivesse origem renovável. Para isso, foram adquiridos os I-RECs (International Renewable Energy Certificates).

A iniciativa contribuiu diretamente para os resultados alcançados, somando-se a outras práticas como o reuso de água, reaproveitamento de resíduos, otimização da logística interna de veículos e equipamentos, uso prioritário de biocombustíveis, substituição de equipamentos de ar-condicionado, melhoria de rotas e frota, além da adoção de lâmpadas mais eficientes.

“Pode parecer simples e, na verdade é, mas são justamente essas ações contínuas que sustentam a descarbonização. São soluções eficazes e replicáveis em qualquer indústria”, reforça Ulisses.

 

Resultados que falam por si

Entre 2021 e 2024, o terminal portuário alcançou uma expressiva redução de quase 80% nas emissões de gases de efeito estufa (GEE) dos escopos 1 e 2, passando de 8.174 toneladas de CO2e para 2.112 toneladas de CO₂e, considerando a abordagem de escolha de compra. Os esforços agora serão direcionados na descarbonização das categorias de combustão móvel e estacionária do escopo 1, dando continuidade à jornada climática.

“Testes com veículos elétricos, caminhões e pás carregadeiras, já demonstraram ganhos em disponibilidade e produtividade. Ainda assim, alguns desafios persistem, como infraestrutura elétrica e custos de aquisição. Temas que seguimos enfrentando com planejamento e inovação”, explica Ulisses.

 

Reconhecimento

Os avanços colocam o Porto Sudeste como um dos protagonistas do setor na transição para uma economia de baixo carbono, e reconhecido por quem entende do assunto. Além do selo ouro do Programa Brasileiro GHG Protocol, o terminal também recebeu o Selo Diamante Pró-Clima, concedido pela Aliança Brasileira para Descarbonização de Portos. A certificação reconhece empresas com inventário de emissões completo, metas claras de descarbonização e reduções efetivas comprovadas.

“O reconhecimento importa. Seria ingenuidade da nossa parte dizer que não. Mas, acima de tudo, esses selos nos mostram que estamos na direção certa, implementando ações que realmente fazem a diferença na construção de um futuro que equilibre desenvolvimento, bem-estar de pessoas e preservação do planeta”, finalizou Ulisses.

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